Protestos avançam, e houve confrontos com mortes na capital, Trípoli.
Mais cedo, ditador disse em discurso que iria 'triunfar sobre inimigos'.
A declaração foi feita em entrevista em inglês a jornalistas estrangeiros que estão na capital, Trípoli, sob proteção oficial.
Ele citou combates em duas cidades, Misrata e Zawiya.
Mulheres protestam contra o regime de Kadhafi na cidade líbia de Tobruk |
Discurso
Mais cedo, Kadhafi voltou à TV e disse, em tom ameaçador, que iria "triunfar sobre os inimigos".
Ele pediu à população que "se prepare" e proteja o país e também as instalações petrolíferas, importante fonte de riqueza da região. O país é o 12º maior produtor mundial de petróleo .
"O povo líbio ama Kadhafi", disse à multidão.
Kadhafi falou que, se necessário, vai abrir os arsenais do país para armar a população e as tribos.
Avanço rebelde
Enquanto isso, os rebeldes contrários ao seu governo, que já praticamente tomaram o leste do país a partir da cidade de Benghazi, continuavam seu avanço em outras regiões do território líbio.
Kadhafi ainda domina a capital, mas, segundo testemunhas, algumas áreas de Trípoli já estão em poder dos rebeldes. Há relatos de que forças de segurança atiraram contra manifestantes em vários bairros nesta sexta, provocando mortes.
Também se intensifica a ofensiva diplomática contra o ditador, com a União Europeia e o Conselho de Segurança da ONU preparando sanções contra o governo.
Os EUA anunciaram o cancelamento das operações de sua embaixada no país e afirmaram que estão preparando sanções contra o governo líbio.
Vários diplomatas e autoridades líbios também estão renunciando a seus cargos ou rompendo com o ditador, o que evidencia seu isolamento.
As Nações Unidas seguem preocupadas com a situação humanitária do pais, temendo uma crise na distribuição de alimentos no país e também um colapso gerado pelas mais de 30 mil pessoas que deixaram o país, temerosas da violência.
O número de mortos pela repressão aos protestos é uma incógnita. O governo fala em pelo menos 300, mas organizações e outras fontes, como o embaixador adjunto da missão líbia na ONU, Ibrahim Dabbashi, falam em "milhares".