Fundador do WikiLeaks pode ser interrogado no país por crimes sexuais.
Assange diz que caso é motivado politicamente, e defesa promete apelar.
No entanto, o australiano de 39 anos nega as acusações, embora admita ter mantido relações sexuais com as duas mulheres. Segundo ele, o caso é motivado politicamente pelo vazamento de milhares de documentos confidenciais da diplomacia americana e documentos secretos sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão.
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, ao lado de sua advogada Jennifer Robinson, chega a audiência em Londres. |
A sentença do magistrado ainda não é definitiva para o caso. O recurso será apresentado perante a Alta Corte de Londres, a instância superior.
Assange estava vivendo na mansão de um conhecido, sob um tipo de prisão domiciliar, desde que um tribunal lhe concedeu liberdade sob fiança em dezembro.
Em um resumo do caso divulgado na Internet, os advogados de Assange argumentaram que o mandado de prisão foi emitido para puni-lo por suas opiniões políticas, e enviá-lo à Suécia seria um passo para que ele seja transferido aos Estados Unidos.
'De fato, se o sr. Assange for entregue aos EUA...há um risco verdadeiro de que ele poderá estar sujeito à pena de morte', afirmou.
O governo norte-americano está examinando se acusações criminais podem ser feitas contra Assange pela publicação de documentos diplomáticos que revelaram informações sensíveis como aquelas indicando que o rei saudita Abdullah pediu repetidas vezes aos Estados Unidos que atacasse o programa nuclear do Irã.